domingo, 31 de janeiro de 2016

Qual a diferença entre migrante, emigrante e imigrante?



Muitas pessoas se confundem com estas três palavras: migrante, emigrante e imigrante.
Para acabar com essa dúvida, vamos explicar o sentido de cada uma delas, segundo o dicionário Aurélio:
Migrante: quem muda de país ou região.
Emigrante: quem deixa um país para ir estabelecer-se em outro; mudar de terra.
Imigrante: quem entra num país estranho para nele viver.

Dessa forma, podemos entender que migrante é qualquer pessoa que sai do local onde vive e passa a viver em outro, seja no mesmo país ou não; é o sentido genérico de quem se desloca.
Ex.: sair do Rio de Janeiro para morar em São paulo; sair do Japão para morar na China etc. > a pessoa está migrando de um estado para outro ou de um país para outro.

Já o emigrante entra em uma nova localidade para viver lá.
Ex.: sair dos Eua para morar na França > o americano é emigrante na França.
O imigrante é aquele que deixa a sua localidade.
Ex: sair da Angola para morar em Portugal > o angolano imigrou da Angola.
Não esqueça: migrar é o sentido genérico (tanto faz se chega ou sai de uma localidade); emigrar é quem entra em certa localidade; e imigrar é quem sai de uma localidade.


sábado, 30 de janeiro de 2016

Fulano, beltrano e sicrano

É muito comum ouvirmos as pessoas falarem "fulano, beltrano e 'siclano' usam roupas coloridas", quando não querem dizer o nome das pessoas ou não sabem como elas se chamam.
Na verdade, o uso de "siclano" está incorreto. O correto é sicrano, e não siclano, como alguns dizem.
Em geral, o falante que costuma fazer uso da língua corretamente acaba corrigindo, às vezes, aquilo que já está correto. 
Esse fenômeno em que a pessoa passa a corrigir palavras corretas é denominado hipercorreção.
No Brasil, em algumas regiões, é comum as pessoas trocarem o "l" pelo "r". Com isso, acabam equivocando-se na fala e na escrita.
Ex.: sordado em vez de soldado; carça em vez de calça etc.
Pode ser que, por esse motivo, aqueles que conhecem o erro na troca de letras passem a corrigir até o que está correto, trocando, assim, "sicrano" por "siclano".
Portanto, quando você se referir a três pessoas em sequência, use: fulano, beltrano e sicrano.




sábado, 16 de janeiro de 2016

Canção do exílio




Canção do Exílio é um poema de 1843, escrito por Gonçalves Dias, 
poeta brasileiro. Nessa poesia, o autor expressa os seus sentimentos
 pela pátria distante, o Brasil.  Ele valoriza os elementos que
 caracterizam sua terra natal e relaciona alguns
 versos de sua obra ao Hino Nacional.

“Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar - sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá."


Gonçalves Dias

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

O que são e como distinguir os parônimos

Algumas palavras que são muito parecidas na escrita e na pronúncia. Quando isso ocorre, elas são classificadas como palavras parônimas.
Diferente das palavras homônimas, que possuem igualdade no som, na grafia ou em ambos, as palavras parônimas são apenas parecidas. Elas são escritas de forma diferente, e o som que emitem também é minimamente diferente.
Dentre os parônimos, é possível destacar: absorver/absolver; arrear/arriar; comprimento/cumprimento; descrição/discrição; emigrar/imigrar; mandado/mandato; ratificar/retificar etc.

sábado, 9 de janeiro de 2016

Homônimos

Esta é uma parte da semântica que estuda a significação das palavras. Ainda que elas tenham grafias ou pronúncias idênticas, ou ambas, seus sentidos são completamente diferentes. Dentre os homônimos destacados no quadro abaixo, há estes também: caçar, cassar; paço, passo; censo, senso; concerto, conserto; seção, sessão, cessão etc. É necessário analisar sempre o contexto em que a palavra homônima aparece.

Ex.: A manga da minha blusa é longa. (parte de uma roupa) 
       Acabei de chupar uma manga muito doce. (fruta)

Por mais que as duas palavras em destaque sejam escritas e pronunciadas da mesma forma, só será possível saber o significado de cada uma se o contexto em que elas se encontram for analisado.
Isso serve para demonstrar a diversidade de palavras que existe em nosso léxico. Sendo assim, sempre que houver dúvidas quanto à escrita de alguma palavra, é recomendável o uso do dicionário.


domingo, 3 de janeiro de 2016

A expansão da língua portuguesa no Brasil


Para entender a estrutura da língua portuguesa no Brasil, é preciso observar certos detalhes. O primeiro consiste na base demográfica, que compreende a colonização portuguesa, os povos que abandonaram a língua materna para falar o português e os emigrantes, que passaram a fazer uso do português em seu convívio social. O segundo detalhe a ser observado tem a ver com a base social, pois, por meio do contato entre as forças demográficas e da organização da sociedade, a língua pôde expandir-se. O terceiro detalhe que nos chama atenção em relação à expansão da língua portuguesa no Brasil refere-se à base literária, ou seja, o português literário, trazido e disseminado pelos Jesuítas, foi notável para a instrução colonial. 
A partir desses detalhes, a base linguística do português no Brasil começou a ser estabelecida. Se voltarmos à colonização do Brasil, por volta de 1532, percebemos que os portugueses, para melhor penetrarem nas terras brasileiras, tiveram de manter contato com os nativos. Ainda na primeira metade do século, negros provenientes da África foram trazidos para trabalharem na agricultura, tarefa com a qual o índio não foi capaz de adaptar-se. Nessa sociedade mista, houve interação entre portugueses, índios e negros. Surgiu, então, o crioulo ou semicrioulo, isto é, a adaptação do português usado pelos mestiços (indivíduos resultantes da união entre portugueses e índios, também conhecidos como mamelucos), nativos e negros.
De acordo com Serafim da Silva Neto, "a rigorosa observação dos nossos falares rurais, aliada ao estudo comparado das adaptações do português feitas na África e na Ásia, levar-nos-ia à aceitação de um estado linguístico paralelo no Brasil-Colônia". Esse realmente é um caso a se pensar quando observamos os diversos falares existentes em nossas regiões do país.
No século XIX, a língua portuguesa eleva-se e é caracterizada como a língua da administração política, pública e jurídica. Assim, o português falado no Brasil passa a comunicar-se com o português falado no restante do mundo.

sábado, 2 de janeiro de 2016

Metas para o novo ano



Mais um ano se inicia. Com ele, surgem novas perspectivas, novos planos, novas ideias, novas iniciativas. Devemos estipular metas para a nossa vida. Se desejamos conquistar nossos objetivos, devemos traçá-los com muito empenho e esforço.
Que tal fazer uma lista do que você deseja conquistar em 2016?
Saiba que, se uma dessas metas incluem o estudo da língua portuguesa, para auxiliá-lo em qualquer que seja o seu propósito, conte com a minha ajuda!
Vamos adiante, pois a fila é longa, e nós temos pressa!

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

O porquê deste blog

Graduada em Letras (Português e Literaturas) e pós-graduada em Língua Portuguesa (Leitura, Gramática e Produção de textos), tomei a iniciativa de criar este blog, um projeto idealizado por mim há algum tempo.
Ao longo de minha vida acadêmica e de minhas experiências, pude observar a língua portuguesa sob uma nova ótica, a ótica do sentido. Por mais que existam regras gramaticas, essas regras se tornam lógicas quando são entendidas e compreendidas.
Tudo na vida precisa ser analisado. Com a língua portuguesa não é diferente.
Pretendo, com este blog, ajudá-lo a entender muitas questões que envolvem essa língua tão confusa para muitos.