terça-feira, 28 de junho de 2016

Trovadorismo: período literário do século XII

Para os apreciadores da Literatura, não há como iniciar seus conhecimentos literários sem estudar o Trovadorismo.
O Trovadorismo foi um estilo de época predominante no século XII. Esse período literário teve como marco inicial a Cantiga da Ribeirinha ou Cantiga de Garvaia, escrita por Paio Soares de Taveirós, por volta de 1189 (1198?).
Na Alta Idade Média, os senhores feudais estimulavam as atividades culturais. Logo, os trovadores, com seus instrumentos musicais, entretinham os saraus com suas cantigas.
As cantigas são divididas em: 

Satíricas - Cantigas de Maldizer (sátiras diretas, agressivas, mencionando ou não o nome da pessoa satirizada) e Cantigas de Escárnio (sátiras indiretas, sem mencionar o nome da pessoa satirizada).

Líricas - Cantigas de Amor (ênfase sobre as qualidades da mulher amada; o trovador a coloca sob um pedestal) e Cantigas de Amigo (produzidas pelo eu-lírico feminino em que lamenta a falta do amado).

Além de Paio Soares de Taveirós, são conhecidos, também, os trovadores: Dom Duarte, Dom Dinis, João Garcia de Guilhade, Aires Nunes e Meendinho. 
Os únicos documentos que restam para conhecimento do Trovadorismo são os Cancioneiros. Estes são divididos em: Cancioneiro da Ajuda, Cancioneiro da Biblioteca Nacional de Lisboa e Cancioneiro da Vaticana.

domingo, 26 de junho de 2016

Subir para cima é um pleonasmo?


A resposta é: certamente! Assim como subir para cima, há uma variedade de pleonasmos viciosos presentes em nosso cotidiano, como: entrar para dentro, ver com os próprios olhos, sair para fora, não sei não etc.
O pleonasmo nada mais é do que o uso de informações redundantes para reforçar uma ideia.
Em algumas construções, o uso do pleonasmo está ligado a algum pronome. Veja:

Quanto às minhas tias, todas elas me presenteavam. 
A alma, essa voou...
Busque as minhas encomendas e deixe-as sobre a mesa.
Ninguém não veio.

Sintaticamente, há também a ocorrência do objeto direto ou indireto pleonástico, que diz respeito à retomada do objeto por um pronome pessoal. Nesse caso, a intenção é dar ênfase a esse objeto:

Os homens, eu os vi no futebol.
Aos alunos,lhes enviei o material por e-mail.


Na modalidade oral, o pleonasmo é muito comum. Já como recurso retórico ou estilístico, serve para produzir efeitos de impacto.



sábado, 25 de junho de 2016

Assonância, o efeito sonoro das vogais


Assonância, de acordo com José Carlos Azeredo, é a "repetição sistemática de uma determinada vogal tônica na sequência do enunciado".
Observe o seguinte exemplo:

"És tal e qual a nau quando ao mar alto larga." (AZEREDO, 2010, p. 508)

No verso acima, a repetição da vogal "a" faz referência ao verdadeiro sentido do texto, com harmonias imitativas do barulho do próprio mar aberto ao qual a caravela se lança.
Há exemplos de assonância em que o uso das vogais sugere o som de vento, de barulhos de locomotivas etc.
A assonância tem grande importância na construção estética de um enunciado.

Habitar a ou habitar na?



Ao construir uma frase em que o verbo habitar apareça, surge a seguinte dúvida: Devo ou não utilizar a preposição em sua construção?
Segundo o dicionário Michaelis, o verbo habitar pode ser transitivo direto ou indireto. Dessa forma, o uso da preposição torna-se facultativo, ou seja, pode-se tanto falar que habita a casa como habita na casa. 
Também podem ser construídas, com ou sem preposição, as frases que acompanham pronome relativo: 
Ex.: O bairro que habitamos ou o bairro em que habitamos.
No sentido de coabitar (habitar um lugar em comum), é intransitivo:
Ex.: Eu habito aqui, com meus pais.